Perdemos a nossa essência a partir do momento que começamos a nos importar com pequenas críticas e umas pessoas que são desnecessárias em nossas vidas. Moro em uma cidade pequena, pobre, que quer ser rica mas tá longe de se desenvolver. Nasci e cresci aqui, e desde sempre vi as pessoas, principalmente os mais velhos dizendo que já tinham visto de tudo nessa vida, mas na hora que passa um casal gay, ou uma pessoa com o estilo "mais diferente" eles já começam a criticar. Tenho 14 anos e tenho os cabelos vermelhos, uso alargador 10mm e as pessoas me olham como se eu fosse uma pessoa fora do normal, só porque eu pinto o cabelo e uso um brinco grande.
Minha mãe sempre me disse para não me importar com esse tipo de gente mas ela mesma sabe que é quase impossível não se importar. Hoje em dia somos julgados por qualquer besteira. Se o mundo tá tão liberal, por que as pessoas nos olham como se fossemos bichos ou extraterrestres? Não entendo!
Estudo em escola particular e vivo isolada, porque a maioria das pessoas não me aceitam como eu sou, mas não devemos ouvir essas pessoas que se prendem ao "padrão" da sociedade. Não pode usar alargador, não pode fazer tatuagem, não pode colorir o cabelo. Não pode ser magra demais e nem gorda, não pode xingar, não pode usar preto, não pode ser aquilo que queremos ser. O padrão quem decide é você.
Temos a total liberdade de fazer o que quisermos, o seu estilo diferente não te faz uma pessoa pior do que aquela garota toda "normalzinha", engravatada atrás de uma mesa de escritório que vive estressada. Ela pode gostar de ser assim, ou ela é até como você mas ela não tem cabeça forte pra suportar as críticas e seguir em frente. Falta de vontade.
Aqui vai um conselho de quem já ouviu muitas críticas: Se você quer, vá atrás, se você gosta, faça, se você não gosta, não faça. Você tem medo? Vá com medo. Viva, e aproveite o que quiser. Liberte-se, a sociedade não merece você. Se você gosta de cor, vamos colorir esse mundo, e mostrar pros caretas que as coisas são mais do que seguir o padrão da sociedade.